Patrícia de Jesus Palma (Investigadora integrada do CHAM-Centro de Humanidades/ Coord. científica da Hemeroteca Digital do Algarve)

A Hemeroteca Digital do Algarve é a nova plataforma tecnológica que permite, ao utilizador da rede em linha, aceder, num único ponto, gratuitamente e sem restrições de horários, à colecção de jornais, revistas, boletins e outros periódicos produzidos no Algarve desde 1810 até 1960. 

(João Ventura, Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes - Portimão)

Nestes dias de assombrações reais de um vírus que anda por aí assustando nos ajuntamentos de pessoas, preferindo, por isso, os leitores passar mais tempo em casa e, assim, acautelar riscos de contágio, talvez uma boa terapia contra o medo seja, para além, claro está, de cumprimos as recomendações das autoridades sanitárias, nos deixarmos assustar por inofensivas assombrações ficcionais que espreitam nas prateleiras mais recônditas das bibliotecas e, pela via da biblioterapia caseira enfrentar e arrumar medos, ainda que estes, ao contrário do outro, viral, que nos vem assombrando desde março passado, sejam apenas de papel.

Assunção Constantino e Mariana Rego (Biblioteca Municipal Vicente Campinas de Vila Real de Santo António)

“Book point” é um projeto da BIBAL - Rede Intermunicipal das Bibliotecas do Algarve iniciado em 2017. O projeto traduz-se na disponibilização de pontos de acesso ao livro e consequentemente à leitura. Estes pontos caracterizam-se pela variedade de formas e multiplicidade de locais onde existem, no território de cada município. Não existem pois somente na proximidade dos edifícios das bibliotecas municipais, mas também em locais diversificados incluindo neles alguns outros espaços públicos.

(Anabela Anjos – Coordenadora da Biblioteca Municipal de Silves)

Num contexto atípico e ectópico, em fase de pandemia, as bibliotecas públicas/municipais viram inicialmente os seus espaços encerrados.
Findo o estado de emergência, determinou o calendário do desconfinamento que as bibliotecas abrissem as suas portas logo na primeira fase do plano nacional objetivando reinstituir alguma normalidade a estes tempos insólitos.

Olga Gago e Teresa Oliveira (Biblioteca Municipal de São Brás de Alportel)

O trabalho colaborativo e partilhado entre bibliotecas gera condições para fazer emergir uma inteligência e criatividade coletivas necessárias para enfrentar e resistir perante os desafios complexos do mundo atual.

A velocidade de produção e acumulação de informações exigem às bibliotecas perícia na sua seleção, comparação e, até, combinação, de modo a difundirem dados e fontes fiáveis.

(Guida Jordão - Biblioteca Municipal de Loulé)

Uma Biblioteca, seja qual for a sua natureza (pública, privada, escolar ou universitária), assume um papel extremamente importante na sociedade atual. É no meio dos livros que se descobre um mundo diferente, quer para adultos, jovens ou crianças. Os livros são um fator chave para a formação dos cidadãos e da sociedade no seu todo. As Bibliotecas são uma porta aberta de acesso ao conhecimento e é através de vários mecanismos atrativos, nomeadamente a atualização regular das coleções, os encontros com escritores, as apresentações de livros, as declamações de poesia, as tertúlias, as ações de formação, as exposições, e tantas outras iniciativas que têm sempre por base a promoção e difusão do livro e da leitura, que se consegue alcançar e integrar uma comunidade leitora.

Renato Mourão Silva (Biblioteca Municipal António Ramos Rosa – Faro)

Sejam bibliotecas setoriais compostas por vários espaços físicos independentes, logo exigindo mais recursos humanos, ou bibliotecas constituídas em open space, funcionando num espaço físico amplo e aberto, consumindo, todavia, menos recursos, as bibliotecas, consoante a sua tipologia, oferecem determinados serviços em função do público que servem. Esses serviços existem nas bibliotecas públicas em espaços físicos diferenciados por idade e tipo de documento, com atendimento personalizado e especializado.

(Luísa Maciel - Biblioteca Municipal de Lagos)

Os Top´s de Leitura de 2019 mostram uma realidade transversal a todas as bibliotecas públicas algarvias: os leitores preferem pouco a ficção portuguesa, escolhem pouco autores portugueses e lusófonos, e leem “circularmente”, sempre os mesmos autores e sempre os mesmos livros.

Clara Andrade / Biblioteca Municipal de Lagoa (Algarve)

Quando um grupo de pessoas que gostam de ler, se encontram na Biblioteca para, em conjunto e com o apoio de um mediador, desfrutar das leituras feitas e partilhar ideias e opiniões, temos um Clube de Leitura. E a única condição para pertencer é gostar de livros, gostar de falar deles e estar inscrito. Funcionam na maioria das Bibliotecas do Algarve, com modelos de funcionamento muito semelhantes e quase sempre com chá e bolinhos…

(Luísa Maciel - Biblioteca Municipal de Lagos)

Os TOP’s de Leitura da maioria das Bibliotecas Públicas do Algarve, no ano de 2019, não deixam dúvida: os algarvios gostam de ficção, preferencialmente de ficção estrangeira e de romances românticos escritos por autores anglo-saxónicos. O romance policial, o romance histórico e o romance de ficção científica e fantástico também aparecem, mas em muito menor número.

Ana Miguel e Inês Colaço (Biblioteca Municipal Lídia Jorge – Albufeira)

“Hoje, conhecemos um escritor, mamã!”, “Mamã, ouvi uma história muito gira esta manhã, na escola!”, “Mãe, hoje ouvi um senhor falar sobre violência na escola!”. Assim começa, possivelmente, a descrição de um dia da vossa criança. Na verdade, testemunha o trabalho realizado pela escola ou pelo S.A.B.E. (Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares), existente nas bibliotecas municipais. 

Neste último caso, este serviço colabora na dinamização e promoção do livro e da leitura, proporcionando encontros com escritores, quer na escola, quer na biblioteca municipal. Realiza, ainda, projetos em parceria com as bibliotecas escolares do concelho em que se integram, visando o desenvolvimento de competências leitoras junto do público escolar.

Maria Margarida Vargues (Biblioteca da Universidade do Algarve)
Cláudia Matos (Biblioteca Municipal António Ramos Rosa- Faro)

A atual conjuntura que vivemos, devido à Pandemia por COVID-19, fomentou, na generalidade por força das circunstâncias, a adoção de práticas de teletrabalho, em muitas atividades. Quando cada vez mais se reconhecia a importância das novas tecnologias na sociedade, o seu papel foi reforçado face à nova realidade, que todos vivemos. 

Maria Margarida Vargues (Biblioteca da Universidade do Algarve) e Cláudia Matos (Biblioteca Municipal António Ramos Rosa- Faro)

As bibliotecas, de um modo geral, têm como missão satisfazer as necessidades de informação, mas especificamente, consoante o seu tipo, oferecem determinados serviços. As bibliotecas públicas, consideradas “o portal do acesso local ao conhecimento”1, para além de disporem de uma coleção de documentos atualizada e adequada aos membros da sua comunidade (livros, revistas, CD’s, multimédia, etc.) são também um local de cultura, lazer e educação através da prestação de um conjunto de serviços gratuitos. “A biblioteca pública é o centro local de informação, tornando-se prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros”1 

Paula Ferreira (Biblioteca Municipal de Tavira)

Em 1994 foi aprovado o Manifesto da Unesco. É o documento basilar e responsável por toda a política de orientação e organização das Bibliotecas Públicas, definindo de forma objetiva a Missão destas instituições em todo o mundo.

A UNESCO, através deste Manifesto, evidencia o valor da Biblioteca Pública, enquanto força viva para a educação e cultura, e como agente essencial para a promoção do bem-estar, considerando-a o centro local de informação. 

Virgínia Maio (Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes de Portimão)


Classificadas pelo Manifesto da UNESCO1, como “porta local de acesso ao conhecimento”, as Bibliotecas Públicas desempenham um papel singular na comunidade em que se inscrevem, são pilares de cultura, de formação e de encontro para a cidadania.

Nesse sentido, este artigo pretende destacar a importância da criação e manutenção do Fundo Local, dentro do acervo das Bibliotecas Públicas. Evidenciando os seguintes pontos do Manifesto, “5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural; 8. Apoiar a tradição oral; 9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todo o tipo de informação da comunidade local”.

Ana Miguel e Inês Colaço (Biblioteca Municipal Lídia Jorge - Albufeira)

A Biblioteca pública transformou-se nestas últimas décadas. De um espaço de silêncio quase absoluto, onde o estudo e a quietude reinavam, criou-se um local aprazível, de convívio, de partilhas e de aprendizagens diversas.

Anabela Anjos (Biblioteca Municipal de Silves)

A Rede de Bibliotecas do Algarve disponibiliza, sazonalmente, aos munícipes e veraneantes, três Bibliotecas de Praia, não só com o objetivo de estimular a criação e o desenvolvimento de hábitos de leitura durante as férias, como também, o de dar a conhecer os serviços disponibilizados pelas Bibliotecas Municipais.

Instaladas em locais muito frequentados, quer nas areias da Praia dos Pescadores, em Armação de Pêra, quer em zonas próximas do areal, como o Centro Náutico, na Praia de Faro, ou em equipamento próprio perto da Praia do INATEL, em Albufeira, todas as bibliotecas disponibilizam livros, periódicos (jornais e revistas) e jogos de mesa.