Maria Margarida Vargues (Biblioteca da Universidade do Algarve) e Cláudia Matos (Biblioteca Municipal António Ramos Rosa- Faro)

As bibliotecas, de um modo geral, têm como missão satisfazer as necessidades de informação, mas especificamente, consoante o seu tipo, oferecem determinados serviços. As bibliotecas públicas, consideradas “o portal do acesso local ao conhecimento”1, para além de disporem de uma coleção de documentos atualizada e adequada aos membros da sua comunidade (livros, revistas, CD’s, multimédia, etc.) são também um local de cultura, lazer e educação através da prestação de um conjunto de serviços gratuitos. “A biblioteca pública é o centro local de informação, tornando-se prontamente acessíveis aos seus utilizadores o conhecimento e a informação de todos os géneros”1 

[Parte 1]

Luísa Cardoso (Biblioteca Municipal de Lagos)

No mundo atual, marcado pelo aceleramento contínuo, pelo traçado de objetivos e metas pessoais e profissionais em páginas infindáveis de Excel, carregado de píxeis, de influenciadores digitais e hashtags que fazem rolar imagens e conversas pelo mundo fora em poucos minutos, que lugar ocupam os livros? Que leituras, que escritas de papel se escolherão neste nosso mundo global? Representarão estas preferências a espuma dos dias ou inscrever-se-ão numa mais longa tradição de categorias e temas literários?

Os TOP’s de Leitura da maioria das Bibliotecas Públicas do Algarve no ano de 2018 deixando-nos algumas indicações, e outras tantas questões.

Virgínia Maio (Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes de Portimão)


Classificadas pelo Manifesto da UNESCO1, como “porta local de acesso ao conhecimento”, as Bibliotecas Públicas desempenham um papel singular na comunidade em que se inscrevem, são pilares de cultura, de formação e de encontro para a cidadania.

Nesse sentido, este artigo pretende destacar a importância da criação e manutenção do Fundo Local, dentro do acervo das Bibliotecas Públicas. Evidenciando os seguintes pontos do Manifesto, “5. Promover o conhecimento sobre a herança cultural; 8. Apoiar a tradição oral; 9. Assegurar o acesso dos cidadãos a todo o tipo de informação da comunidade local”.

Eloísa Raposo ( Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen – Loulé)

Desde o final dos anos 80 que o país começou a viver uma verdadeira revolução cultural com o início da criação da Rede de Bibliotecas Públicas.

A programação cultural em Bibliotecas começou a ser uma realidade e, paulatinamente, tornou-se uma vertente presente, constante e desejada na grande maioria das Bibliotecas Públicas.

As Bibliotecas do Algarve, integradas nesta nova realidade, foram aumentando cada vez mais a oferta ao nível das iniciativas de cariz cultural, tendo como principal foco a promoção do livro e da leitura.

Os planos de atividades das Bibliotecas pretendem criar e dar resposta às necessidades dos seus leitores e promover o livre acesso à cultura e à literacia, contribuindo para a inclusão do seu público na sociedade.

Anabela Anjos (Biblioteca Municipal de Silves)

A Rede de Bibliotecas do Algarve disponibiliza, sazonalmente, aos munícipes e veraneantes, três Bibliotecas de Praia, não só com o objetivo de estimular a criação e o desenvolvimento de hábitos de leitura durante as férias, como também, o de dar a conhecer os serviços disponibilizados pelas Bibliotecas Municipais.

Instaladas em locais muito frequentados, quer nas areias da Praia dos Pescadores, em Armação de Pêra, quer em zonas próximas do areal, como o Centro Náutico, na Praia de Faro, ou em equipamento próprio perto da Praia do INATEL, em Albufeira, todas as bibliotecas disponibilizam livros, periódicos (jornais e revistas) e jogos de mesa.

Paula Ferreira (Biblioteca Municipal de Tavira)

As bibliotecas sempre procuraram ir ao encontro do seu público. Temos o exemplo relativo às novas tecnologias, em que as bibliotecas foram as primeiras a procurar disponibilizar computadores e a tentar preparar os utilizadores para o seu uso.

A atividade das Bibliotecas Públicas foi respondendo ao surgimento de novos suportes de informação e foi-se adaptando às novas necessidades tendo no envolvimento com a comunidade o seu principal eixo de ação.

[Parte 2]

Luísa Cardoso (Biblioteca Municipal de Lagos)

ENTREMOS AGORA PELA FICÇÃO ADENTRO.

Se “a literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida”, como diz Bernardo Soares no seu “Livro do Desassossego”, que tipo de evasão representará o TOP de preferências literárias dos leitores que frequentaram as Bibliotecas Públicas do Algarve em 2018?

O TOP de Leituras é claro quanto ao gosto literário dos leitores: o romance é dominante, e os romances de amor têm reinado absoluto.