AMAL participa no lançamento do projeto europeu EFHERA

A Comunidade Intermunicipal do Algarve participou, recentemente, na qualidade de entidade parceira, na primeira reunião do projeto europeu EFHERA, "Otimização da recuperação hidrológica e ambiental de áreas agroflorestais afetadas por grandes incêndios", focado na otimização do planeamento das ações pós incêndio, assegurando a recuperação das áreas afetadas pelos grandes incêndios florestais no sudoeste da Europa.

A iniciativa decorreu em Espanha e reuniu representantes institucionais e técnicos de Portugal (Comunidade Intermunicipal do Algarve e Universidade de Évora), de Espanha e de França. A AMAL é representada pelo seu técnico Pedro Chaves, do Gabinete Florestal Intermunicipal.

As ações deste projeto estão direcionadas para a exploração de sinergias entre os serviços de gestão florestal das administrações e a comunidade científica, utilizando os avanços recentes no conhecimento de processos hidrológicos e geoquímicos junto com as ferramentas de simulação hidromorfodinâmica para o design de intervenções concretas nas áreas afetadas. Este projeto colocará à disposição dos serviços de gestão florestal das instituições um modelo hidro-morfo-ecológico digital da extensão afetada pelo fogo para a avaliação das áreas onde a atuação pós-incêndio é prioritária e para o design e acompanhamento das medidas de restauração agroflorestal a médio/longo prazo. Pretende-se que as ações do projeto EFHERA resultem num planeamento otimizado com o objetivo final de minimizar a degradação do meio natural e a perda florestal no sudoeste europeu.

O projeto EFHERA integra o programa Interreg Sudoe e conta com um financiamento de 1,4 milhões de euros. O projeto reúne oito sócios principais e oito colaboradores dos três países implicados (Espanha, Portugal e França). 

As áreas afetadas sofrem rápidos processos de degradação nos meses imediatamente após o incêndio. Num cenário de mudanças climáticas, esse processo de degradação é cada vez mais rápido. Se as medidas de recuperação e gestão implementadas não forem corretas ou não forem realizadas com rapidez, a recuperação agroflorestal da área pode não ocorrer. Por essa razão, a implementação rápida e eficaz de medidas de proteção e recuperação nos primeiros meses após um incêndio é fundamental. Se somarmos a proliferação de grandes incêndios que dificultam a atuação pós-incêndio simultânea em toda a área afetada, a recuperação das áreas queimadas só pode ser abordada a partir de um planeamento exaustivo e ordenado. É indispensável, portanto, estabelecer as áreas sobre as quais atuar prioritariamente e as medidas mais adequadas a serem implementadas.

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