A presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, vai representar os municípios do Algarve no Conselho Consultivo do Hospital Universitário da região, numa escolha que surge através dos autarcas do Conselho Intermunicipal da AMAL.
Isilda Gomes vai defender os interesses de todos os municípios do Algarve na construção de um novo Hospital Central e na alteração do atual modelo de prestação de cuidados hospitalares no Algarve que, ao longo dos últimos anos, tem vindo a degradar-se, apesar de todo os investimentos feitos.
Para Isilda Gomes, “a região tem que ser vista como um todo e numa ótica de colaboração entre todos os seus autarcas. Os autarcas articular-se-ão, envolver-se-ão e trabalharão em conjunto com outras entidades públicas estratégicas da área da saúde no Algarve porque só assim seremos capazes de fazer valer os interesses regionais. Este é um tema que merece da nossa parte uma reflexão séria e sem reservas”.
Para a nova presidente do Conselho Consultivo do Hospital Universitário do Algarve, a construção de um hospital central, dotado de todas as valências e tecnologia de ponta, que evite as constantes viagens dos doentes para outros pontos do país, é um objetivo primordial a que se junta a aposta na inovação e melhoria dos cuidados de saúde, alicerçada num Centro Hospitalar Universitário que reforce a agregação entre os seus três pólos e a Universidade do Algarve, aproveitando as sinergias criadas com o Centro Académico Clínico e o Curso de Medicina.
Em relação ao Hospital de Portimão, vai defender que este assuma a sua posição estratégica, com uma administração própria, à semelhança do que existia antes da fusão, com um reforço objetivo das valências que possui evitando desta forma também a saturação do Hospital Central a curto prazo. Os cuidados adequados, de elevada qualidade e de proximidade aos utentes da região do Barlavento, deverão ser garantidos e reforçados de forma contínua e progressiva.
Sobre o atual Hospital de Faro, este deve continuar na área da saúde, havendo valências para o qual deve ser vocacionado, nomeadamente na prestação de cuidados a doentes com patologias mais leves e prolongadas, devendo ainda disponibilizar consultas de especialidades e exames complementares de diagnóstico e terapêutica, num modelo inovador que reforce de forma clara e objetiva a capacidade de resposta do SNS aos seus utentes no Algarve.