O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL), António Pina, e o presidente do Turismo do Algarve, João Fernandes, refutam o aviso prévio de greve do Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF), pelo previsível impacto na atividade económica do principal destino turístico nacional e no emprego de muitos residentes na região.
«Face ao pré-aviso de greve do Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF), referente aos funcionários da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras - CIF/SEF, no período das 09h00 às 12h00 da manhã, entre dos dias 01 e 15 de junho, exortamos o sindicato a ponderar as consequências gravosas desta posição, atendendo ao impacto que terá na atividade turística do principal destino nacional e no emprego de muitos residentes na região do Algarve», fundamentam António Pina e João Fernandes. «Não está em causa o legítimo direito constitucional à greve dos trabalhadores do SEF; o que está em causa é o direito ao trabalho de muitos residentes no Algarve e o retomar da atividade motora da economia regional, num período sensível em que o país dispõe de uma vantagem competitiva face aos destinos turísticos concorrentes, e que não podemos desaproveitar após um longo período sem atividade com forte impacto nas empresas e nas famílias algarvias», prosseguem.
«Sendo a primeira quinzena de junho um período fulcral, que antecede o pico da procura turística de julho e agosto na região, este pré-aviso de greve poderá manchar a imagem internacional do destino e marcar negativamente a operação turística de todo o verão. Recorde-se que o grande impacto da pandemia de COVID-19 foi sobretudo por falta de procura externa, cuja principal porta de entrada na região é o Aeroporto Internacional de Faro, estrutura também ela muito impactada do ponto de vista do emprego nas diferentes empresas que ali operam», justificam os responsáveis.
Face ao exposto, António Pina e João Fernandes reiteram o pedido ao sindicato «para que não conclua o pré-aviso de greve, cuja oportunidade não é compreensível, num momento em que o Brexit e a crise sanitária acarretam acrescidas responsabilidades e volume de trabalho dos trabalhadores do SEF no controlo de fronteiras. Caso esta pretensão não seja atendida, e face ao estado de necessidade de uma região que regista a taxa de desemprego mais alta do país, enviaremos ao Governo um pedido de requisição civil», concluem.